Empresários da construção mostram preocupação com a política econômica do País

19-06-2011 17:13

Segundo o SindusCon-SP, confiança na atividade futura do setor diminuiu por conta dos juros e inflação


Mauricio Lima 

Marcelo Scandaroli
Otimismo quanto ao desempenho das empresas caiu 9,5% em relação a maio de 2010
Os empresários do setor ainda acham que a construção civil se manterá em alta, mas a confiança é menor do que a observada no início do ano. É o que mostra o resultado da 49ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, referente ao mês de maio, realizada pelo SindusCon-SP (Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado de São Paulo) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Ao todo, foram entrevistado 238 empresários.
 
Segundo o SindusCon-SP, um dos fatores para a diminuição da confiança é a preocupação com política de juros e ao comportamento da inflação. De acordo com o diretor de economia do sindicato, Eduardo Zaidan, "o aumento da preocupação com os custos da construção e a inflação não foram suficientes para desanimar o empresariado do setor com relação ao desempenho das construtoras."
 
O indicador de desempenho das empresas caiu 7,7% no trimestre, descendo para 54,3 pontos. As perspectivas de desempenho caíram 7,4%, para 57,2 pontos. E a confiança na política econômica teve queda de 19,2%, indo para 42,3 pontos. A expectativa de uma inflação reduzida diminuiu 25,9%, baixando a 27,7 pontos.
 
As dificuldades financeiras se elevaram em 2,4%, atingindo 55,2 pontos, e as perspectivas de evolução dos custos mostraram queda de 4,8%, ainda se situando como desfavoráveis (39,8 pontos). A expectativa em relação ao crescimento econômico baixou 13,9%, embora ainda seja levemente otimista: 50,3 pontos.
 
Em relação a maio de 2010, houve uma queda de 9,5% no otimismo quanto ao desempenho das empresas. "O resultado da sondagem denota alguma cautela com relação ao futuro, mas há expectativa de que nada mude muito no mercado da construção, que deve continuar num bom nível de atividade, tanto em função das obras já contratadas como da demanda nos próximos meses", disse Zaidan.
 

 

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